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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
16
Jan09

O RASTO DO COMETA III

Maria João Brito de Sousa

Não sei se foi de noite ou foi de dia

Nem se passaram horas ou minutos...

Sei de palavras cheias como frutos

Do sumo de viver com que escrevia...

 

Não sei se se passaram doze meses,

Se foram as palaras que passaram...

Sei versos, sei poemas que pulsaram

Entre sorrisos, lágrimas, revezes...

 

Em tudo o que, a correr, passou por mim,

Como se houvera sido sempre assim,

Como se tudo fosse natural,

 

Sobrou-me um travo amargo de Passado

Sobre a alegria sã de ter tentado

Redesenhar-me em traço virtual...

 

 

Imagem retirada da internet

 

 

 A todos os amigos que me têm perguntado pelo meu poema no http://poeiaemrede.no.sapo.pt/

gostaria de avisar que acabo de enviar "A Menina em Mim". Não nasceu em soneto, mas é um poema e essa menina sou mesmo eu, desde que me conheço.

Dedico-o a todas as crianças do planeta e a todos os que souberam manter vivos os meninos dentro de si.

A todos vós e à equipa do Sapo que teve esta brilhante iniciativa, o meu abraço de cometa!

 

 

15
Jan09

CIENTISTA PORTUGUÊS DESAPARECIDO EM BERLIM! Apelo urgente

Maria João Brito de Sousa

http://www.100nada.net/apelo-2/2009/01/14/

 

Peço a todos os meus amigos que cliquem no link e divulguem ou dêem a sua sugestão, se forem conhecedores de algo que possa contribuir para o aparecimento de um jovem cientista português desaparecido em Berlim.

 

O assunto é sério!

 

 

 

Apelo via Trapezio e Jonasnuts

15
Jan09

BRAÇO DE FERRO

Maria João Brito de Sousa

Ou o braço se quebra ou eu rebento!

E, se acaso rebento, o que farei

Às palavras que nunca vos direi

Daqui, desta cadeira em que me sento?

 

Que farei de mim mesma? Se há talento,

Se o verso surge então, que vos darei?

Ou o braço se quebra ou eu nem sei

Se me resta tentar ou se nem tento...

 

Estou num braço de ferro e sem certezas

De ter ou não razões para lutar,

De ser justificado o meu cansaço...

 

Não meço, nunca, forças ou grandezas!

Ou o braço se quebra ou vou ficar

Pr´a sempre a depender deste meu braço... 

 

 

Imagem retirada da internet

 

14
Jan09

FELIZ ANIVERSÁRIO, POETAPORKEDEUSKER!

Maria João Brito de Sousa

Um ano! Doze meses de viagem

De palavras, de versos, de amizades!

Aqui se criou vida! Estas verdades

Ficam na transparência de uma imagem.

 

Tantos dias! Palavras de coragem...

Se agora desistir sinto saudades...

Resisto pois! Há mil afinidades

Partilhadas em jeitos de mensagem...

 

Amizades sentidas sem se ver

Mas que tanto nos dão a conhecer

Não se perdem num pouco de cansaço!

 

E descoberto o que é essencial

Sente-se muito mais do que o normal...

Aqui vos deixo agora o meu abraço!

 

 

Maria João Brito de Sousa, 2009

 

Cansada e um bocadinho "pitosga" (ainda não encontrei os óculos que perdi esta manhã, sem sair de casa...) senti que não podia deixar de assinalar o pimeiro (isto é que é esperança!) aniversário do poetaporkedeusker... lá me nasceu este soneto, directamente nas teclas.. porque este blog foi criado a pensar no senhor Soneto!

Provavelmente não irei - pontualmente - ter a habitual assiduidade que sempre dediquei aos blogs que faziam o favor de visitar o Poeta... provavelmente vou passar uns diazitos mais ou menos "parada", sem que vos possa garantir a postagem diária... provavelmente...

Hoje nasceu este soneto... amanhã tentarei, mas estou num período de grande cansaço físico e mental... que eu sei que será isso mesmo; um período! Não sei quanto tempo irá durar... confesso que tenho "fugido" às consultas hospitalares e até às do Centro de saúde... aos exames de rotina também... bem, penso que estou a precisar de descanso e de uma "revisão geral"... mas continuarei sempre a tentar vir até ao 2008 para uma partiha do que a minha criatividade - visivelmente diminuída pelo cansaço e por uma série de outras pequenas coisas do dia a dia - possa produzir.

 

 

 

Outro abraço!

12
Jan09

SABE LÁ...

Maria João Brito de Sousa

 

 SABE LÁ...

*

 

Não sabe se é soneto o que escreveu...

Não sabe e não se importa. Está cansada.

Corre o tempo ao contrário pela estrada

Do traço que traçou e que era seu

 

Não sabe se é soneto ou se não é

Nem sabe o que é que os outros vão dizendo,

Mas não sabendo nada, vai podendo

Naufragar nestes versos. E tem fé.

 *

 

Vai-se lembrando ainda, vagamente,

De tudo o que deixou por entre a gente,

De quanto ninguém nunca lhe pediu

*

 

 

Vai-se lembrando, enquanto se não esquece

Do que ainda quer dar a quem merece

Sem sequer entender que já partiu.

*

 

Mª João Brito de Sousa

12.01.2009

***

  

 

 

 

11
Jan09

SÓLIDOS GEOMÉTRICOS (do traço, da forma e da cor)

Maria João Brito de Sousa

images (38).jpg

 

Há rectas, nalguns corpos feitos linhas,

A rodar, a girar sobre os seus eixos,

A darem vida própria aos próprios seixos,

E às pedras, quando as pedras são sozinhas,..



Há traços verticais, há curvas mansas,

E arestas mais ousadas, mais secantes

Em corpos que se abraçam como amantes,

No doce rodopio das suas danças...



Há tons pastel que os moldam, que amaciam

As novas perspectivas que recriam,

De novos corpos, novas projecções



E os rumos que essas linhas vão traçando,

Já, linha sobre linha, vão gerando

Formato, identidade e concepções...





Maria João Brito de Sousa - 11.01.2009 - 01.12h

 

 

 

10
Jan09

UMA ESTRELA NO PONTO EM QUE SE CRUZAM REALIDADE E FICÇÃO

Maria João Brito de Sousa

Decidira não morrer ainda. Ninguém lhe deu muito crédito. Afinal coubera-lhe a sorte de nascer com quatro patas e locomover-se na horizontal dos caminhos, embora com uma graciosidade que fazia inveja a muito boa gente. Mas com ou sem alheios créditos, decidira não morrer ainda.

E depois havia a Estrela. Aquela que mais parecia um cometa porque desenhava, no seu rasto, a exactíssima fronteira onde a Realidade se encontra com a Ficção.

Nesse momento pouco lhe interessava que que outros a conhecessem. Bastava-lhe partilhá-la com aquela humana que com ela coabitava.

Não fora de ânimo leve que tomara a decisão e, com o distanciamento dos dias e anos, parecia-lhe evidente que jamais a teria tomado se não fosse a tal Estrela...

Sentia e, naquele imenso universo de sensações que compunham a parte não palpável mas sensível do seu pequeno ser, surgiu, nítida, a memória de ter cumprido o seu papel de mãe. Não-biológica, é facto, mas a Estrela dos Acasos trouxera até si um filhote de alheia paridura do qual cuidara como se seu fora. Recordava-o - à sua maneira, mas recordava! - o filhote que lhe chegara cor-de-fantasma, de olhos ainda fechados às alegrias da vida, e que viera depois a desabrochar em Siamês. Mas esses pormenores pouco ou nada lhe interessavam. Fora "o seu menino lindo" durante o espaço de tempo que medeia entre o nascimento e uma adolescência que lhe conferira autonomia, força e beleza. Certo é que o aleitamento ficara por conta da outra. Da que tinha duas pernas e caminhava na perpendicular dos seus passos, mas o restante trabalho fora muitíssimo seu.

Claro que houvera períodos menos fáceis, como em todos os percursos dos sensientes. Certos momentos em que a saúde teimara em fugir-lhe com a velocidade da nortada em dia de temporal. Certos momentos em que se sentira francamente mal e invariavelmente recolhera ao seu esconderijo debaixo da cama. Estivera, mais do que uma vez, á beira da desistência... mas era teimosa. Uma autêntica cópia felina da humana que lhe dera abrigo. E havia a Estrela. Aquela que, no último momento, brilhava sempre  no ponto exacto onde se cruzam Realidade e Ficção.

Olhou-se. Ou melhor, sentiu-se. Estava fraca e vivera já mais de sete anos humanos. A maldita doença mais uma vez a atingia com o duro golpe das coisas que não sentem.

Além, um pouco além, no tal ponto onde não havia ainda chegado, a Estrela de sempre brilhava ainda. A vida apeteceu-lhe.

Sacudiu-se, deitou-se e confirmou a sua decisão de não morrer ainda.

 

 

Escrito no veterinário e nascido de uma colisão frontal da Realidade com a Ficção para a

 

http://fabricadehistorias.blogs.sapo.pt/

 

08
Jan09

UMA PONTE SOBRE A SOLIDÃO

Maria João Brito de Sousa

Paguei o preço desta solidão

Com sangue - do real... - e muito choro

E esta velha casa, aonde moro,

É a ponte que ergui sobre a paixão.

 

Já velha, tem do tempo uma erosão,

Tão cheia do amor com que a decoro,

A casa onde escrevendo me demoro

Nas horas de viver nesta ilusão.

 

Onde começo eu e onde finda

Esta casa já gasta mas tão linda

Que ergui num espaço-tempo sem fronteiras?

 

Parece que respira, que tem vida,

Esta pequena ponte construída

Entre afectos, poemas, brincadeiras...

 

 

Imagem retirada da internet

 

05
Jan09

DECRETOS LEI (soneto muito surrealista)

Maria João Brito de Sousa

LEGISLAÇÃO 

*

Decreto o fim-do-dia ao pôr-do-sol

E o nascer do sol a cada aurora...

Proíbo as agressões a fauna e flora

E as almas conservadas em formol.

*

Legislo quanto baste... e pouco basta!

Decreto ser quem sou, não sendo mais

Do que os gatos, os cães ou os pardais:

Decreto a abolição de raça e casta!

 

Decreto a felicidade entre os humanos,

Fomento a reinvenção do pacifismo

E declaro a extinção de dor e medos!

 

Imponho, ainda, o fim dos desenganos

E a prática legal do socorrismo

A toda e cada mão que tenha dedos.

*

Mª João Brito de Sousa

Janeiro, 2009

***

 

 

 

 

 

 

04
Jan09

ANO NOVO!

Maria João Brito de Sousa

Eu tenho um Ano Novo à minha espera.

Um Ano do País do Faz-de-Conta,

Um Ano dos antigos, que remonta

Ao Tempo Unificado da Quimera.

 

Eu tenho um Ano Novo muito antigo!

Um Ano ao qual o Tempo se rendeu,

Um Ano todo vosso - embora meu... -

Que é cais e porto e me serve de abrigo.

 

Não fora o Faz-de-Conta e talvez fosse

O Ano que outro tempo um dia trouxe

Para abrigar as almas dos meninos...

 

Faz de conta que o Ano é de verdade...

Faz de conta que a própria humanidade

Comanda - faz-de-conta... - os seus destinos...

 

 

Imagem retirada da internet

 

03
Jan09

O TEMPORAL

Maria João Brito de Sousa

 

 
Ressoa, soa, soa, o pé-de-vento,
E zumbe, zumbe, zumbe, a ventania...
Há pouco, ainda há pouco, não chovia,
Só do vento se ouvia esse lamento...
 
Já gélido, o tremendo temporal,
Cai sobre as casas mansas, pacientes
E gelado nos faz bater os dentes,
Irredutível, incondicional…
 
Homens e animais se vão gelando,
No sopro desse vento comungando
O destino de tanto desconforto.
 
Homens e animais ficam unidos,
Quando apanhados tão desprevenidos,
Na procura comum do mesmo porto...
 
 
Imagem retirada da internet
 
 
 

 

03
Jan09

SOBRE A NUDEZ CRUA DO PECADO...

Maria João Brito de Sousa

Sobra-me de alma e falta-me saúde...

São coisas desta idade indefinida,

Quando se passa além da meia-vida

E não mais a pujança nos ilude...

 

São coisas que, pensadas amiúde,

Vos falam da Mulher-Interrompida,

Da que voltou por si (ou foi trazida...)

De um outro espaço doutra latitude...

 

Sobra-me um somatório de ilusões,

De rastos-de-cometa, sensações

De algo que se passou sem ter passado.

 

Sobram-me, de mim mesma, mil pedaços

Que transformei em manchas e em traços

Sobre a crua nudez do meu pecado.

 

 

Imagem retirada da internet

 

Pormenor de: "Sobre a nudez crua da Verdade, o manto diáfano da Fantasia"

 

 

Estátua de Mestre Teixeira Lopes, representando Eça de Queiroz estendendo sobre a Verdade  o ténue manto da Fantasia.

 

 

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