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poetaporkedeusker

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UM BLOG SOBRE SONETO CLÁSSICO

Da autoria de Maria João Brito de Sousa, sócia nº 88 da Associação Portuguesa de Poetas, Membro Efectivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE -, Membro da Academia Virtual de Letras (AVL) , autora no Portal CEN, e membro da Associação Desenhando Sonhos, escrito num portátil gentilmente oferecido pelos seus leitores. ...porque os poemas nascem, alimentam-se, crescem, reproduzem-se e (por vezes...) não morrem.
14
Jun10

SÁBADO, DOMINGO E SEGUNDA FEIRA XI

Maria João Brito de Sousa

 

 

 

 

OURO NEGRO, NEGRO...

 

 

Enquanto o “ouro negro” se derrama

Nas águas de um Pacífico inquinado,

Há um que é indiferente, um que reclama

E outro que já morreu envenenado.

 

Nasce de novo o sol, mas morre a chama

E apaga-se o pavio enquanto o fado

Se faz ouvir por quem tanto o declama

E adormece depois de declamado…

 

E borbulhando sobe, esse ouro negro

Que deixa um rasto bem mais negro ainda

Manchando as mãos de quem o não deteve,

 

Deixando o mundo num desassossego

E pondo tanta gente na berlinda

Porquanto muito tendo, `inda mais deve…

 

Maria João Brito de Sousa – 07.06.2010, 12.21h

 

 

AS FLORES DE MAÇAPÃO

 

 

Se as flores de maçapão fizessem contas

Acerca dos sabores, das sensações

Que podem suscitar, as pobres tontas,

Custariam bem mais que alguns tostões…

 

Fossem de maçapão as soltas pontas

Que nos vão impedindo as soluções

E eu teria sempre as coisas prontas

Em vez de andar perdida em tentações…

 

Se muitas coisas se “ antitetizassem”

Ou mudassem, tão só, de direcção

Por um segundo, por um só que fosse,

 

E se muitas pessoas não pensassem

Que nada há de melhor que o maçapão

Apenas porque torna a vida doce…

 

Maria João Brito de Sousa – 07.06.2010 – 19.46h

 

 

 

O CAMPEONATO

 

 

Por muito que o espectáculo comova

E leve além-fronteiras tanta gente,

Por mais que o Campeonato se promova

No berço do africano continente,

 

Não lhe encontro o mistério que me mova,

Que dê vida ao poema – sempre urgente –

E disso, agora mesmo, faço prova

Neste absurdo soneto que não mente…

 

Não consigo forçar-me! O que fazer,

Se só digo a verdade, em Poesia,

E se ela me comanda a toda a hora?

 

Que ganhe o meu país [isto é dizer

não mais do que um qualquer por mim diria…]

E viva Portugal pl`o mundo fora!

 

Maria João Brito de Sousa

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