07
Mai10
INCONSEQUÊNCIAS
Maria João Brito de Sousa
Vieste e ofuscaste a transparência
Dos pátios de cristal do meu castelo
Com essa milenar inconsequência
Que traçaste em perfis de puro gelo
Desprezaste o melhor; esta eloquência
Da convicção guardada a lacre e selo
E tentaste arrancar-me à evidência
Destruindo-me a golpes de martelo
Jamais tiveste culpa e, se te acuso,
É puro desabafo… tudo passa
Como as nuvens que passam pelo céu.
Não tiveste a noção de um tal abuso,
Nem pudeste prever quanta desgraça
A tua inconsequência antecedeu...
Maria João Brito de Sousa
IMAGEM RETIRADA DA INTERNET