UM PEQUENO POEMA COMEMORATIVO DA MINHA ENTRADA NA AVSPE
Depois das palavras
Vêm mais palavras
E outras mais ainda
Num nunca acabar
Das etéreas lavras
- mas não como escravas! -
Da colheita infinda
Que se vai lavrar…
Somam-se as que chegam
Às que já floriram
Nesse somatório
De humana colheita…
Palavras que legam
Àqueles que as ouviram
Mais um repertório,
Mais uma receita…
Umas são felizes…
Outras, apressadas,
Nem vêem que as outras
Também vão chegando…
Muitas com raízes
São, porém, aladas
Pois parecem loucas,
Nunca sabem “quando”…
Percorrem caminhos,
Saltam continentes,
Atravessam mares,
Escalam cordilheiras…
Vão deixando ninhos
Com seus descendentes
Que cruzam os ares,
Que ignoram fronteiras…
Palavras, contudo,
Não dispensam gestos,
Sorrisos, olhares
E abraços também!
Um poema mudo
Faz-se até de restos
Mas sobe aos altares…
Voa Língua Mãe!
IMAGEM RETIRADA DA INTERNET
Este poema em nada se assemelha a um soneto, mas foi ele que me nasceu para comemorar e agradecer a minha recente entrada na Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores e decidi dar-lhe honras de blog principal. É dedicado a todos os poetas que "cantam" a língua portuguesa.
http://www.avspe.eti.br/biografia2010/Ma
http://www.avspe.eti.br/indice.htm