13
Jan10
ESSAS PEDRAS QUE SEMPRE AMEI...
Maria João Brito de Sousa
Eu sempre amei, nas pedras da calçada,
As mil ervas-moirinhas que despontam,
Que sobem para o alto e nos apontam
A força de uma vida que é negada…
Pr`a mim, que sou fiel à minha estrada,
Essas pequenas vidas que não contam
São émulos perfeitos que remontam
À génese de mim, já condenada…
As pedras que eu amei, as que aqui piso,
Que me rasgam na face este sorriso,
Com as quais desde já me identifico,
São coisas quase vivas, quase minhas,
Das quais nascem as tais ervas-moirinhas
De que eu, sendo quem sou, jamais abdico!