30
Dez09
O QUASE-NADA
Maria João Brito de Sousa
Por vezes faz-me falta um quase-nada…
[que absurda sensação de quase-ausência
me devolve, inteirinha, à procedência
da raiz da memória antecipada?]
Um estranho quase-nada, é bem verdade!
Um algo indefinido, indefinível,
Que sendo bem real é intangível
Mas nada tem a ver com liberdade…
É algo por nascer! Algo incompleto,
Algo que ainda está por construir
Erguendo-se da sua incompletude
Como se fosse um corpo, um estranho objecto
Que, querendo ser, está quase a conseguir
E que não muda nunca de atitude…
IMAGEM RETIRADA DA INTERNET